Mais Justiça, Menos Desigualdades

Documentário revela os efeitos da pandemia de covid-19 entre jovens das periferias de São Paulo

O filme A Conta Fica para a Juventude é uma produção da Oxfam Brasil em parceria com o coletivo TV Doc Capão, de São Paulo, e será lançado no dia 11 de março, aniversário de um ano da pandemia

A Oxfam Brasil, em parceria com o coletivo TV Doc Capão, produtora de vídeos do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, lança nesta quinta-feira (11/3), às 11h30, o documentário curta-metragem A Conta Fica para a Juventude, com depoimentos de jovens de periferias de São Paulo sobre o impacto da pandemia de covid-19 em suas vidas e como as crises sanitária e econômica ameaçam o futuro da sociedade como um todo.

O lançamento do filme será no canal da Oxfam Brasil no Youtube (https://www.youtube.com/oxfambrasil ) e contará com a participação de Tauá Pires, coordenadora da área de Juventudes, Raça e Gênero da Oxfam Brasil; André Luiz, fundador do coletivo TV Doc Capão; e Isaac de Souza Farias, um dos jovens entrevistados no documentário.

O filme reúne histórias de jovens de periferias de São Paulo e suas angústias em relação à pandemia. O retorno da fome, o aumento das mortes e enfermidades, o desemprego, a falta de condições adequada para os estudos e as incertezas sobre seus futuros são algumas das principais preocupações dos jovens entrevistados.

A estreia do filme foi marcada para o dia 11 de março por ser a data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente que o mundo estava vivendo uma pandemia de coronavírus. A ideia é destacar que os jovens brasileiros estão pagando um preço alto pelo descaso das autoridades no enfrentamento da crise.

Com as atividades educacionais ainda não normalizadas, devido às medidas de segurança necessárias durante a pandemia, a atual geração de jovens do país está ameaçada de ficar sem as condições necessárias de inserção no mercado de trabalho. Hoje, a taxa de desemprego entre jovens de 18 e 29 anos é de mais de 30%.

“Estamos vendo, de maneira dramática, uma geração inteira de jovens sofrendo com diferentes desigualdades, e essa situação foi ampliada pela pandemia. Os jovens estão impedidos de construírem planos de futuro e sonhar”, afirma Tauá Pires, coordenadora da área de Juventudes, Raça e Gênero da Oxfam Brasil.

“As periferias sofrem mais com a crise do coronavírus, isso é inegável. Os efeitos da crise estão sendo sentidos agora, e serão parte da realidade do Brasil por um longo período de tempo”, afirma André Luiz, do coletivo TV Doc Capão. “O objetivo deste documentário é mostrar, a partir do olhar do jovem, as suas perspectivas sobre quais passos o Brasil precisa tomar para sair dessa crise. A conta está ficando com a juventude. E quem vai pagar essa fatura? O jovem rico ou pobre?”

O documentário curta-metragem foi produzido ao longo de 2020 seguindo todos os protocolos de segurança e sanitários para evitar o contágio por covid-19. Não houve caso algum de contágio por covid-19, nem dos entrevistados, nem da produção, durante as gravações.

Participam do documentário:

Amanda Monique tem 25 anos, é líder comunitária da região do Jabaquara, moradora da Favela da Coreia, na zona sul de São Paulo. Responsável pela campanha Covid Coreia, que propõe o direito à alimentação e assistência social na região. Foi orientadora socioeducativa nos equipamentos do SUAS.

Bruna Carvalho (25 anos) e Felipe Datti (28 anos) fazem parte do Expinafru, empreendimento familiar que oferece alimentação à base de vegetais e educação por meio de consultoria e produção de conteúdo.

Isaac de Souza, de 27 anos, foi um dos fundadores do coletivo Núcleo de Jovens Políticos da zona sul de São Paulo. Foi o conselheiro mais jovem e mais votado no distrito do Jardim Ângela. Em 2015, iniciou o projeto Clube de Leitura “Quilombo Mirim”, em parceria com a editora Companhia das Letras e Gestão da Escola, ganhando o prêmio Nacional – Retratos da Leitura do Instituto Pró-Livro. 

Mariana Resegue é jornalista e fotógrafa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem ampla experiência com comunicação, coordenação de projetos e facilitação no setor social. Atua como consultora e facilitadora em diversos projetos e organizações como Greenpeace, Instituto Ethos, entre outras, e desde 2017 é Secretária Executiva do Em Movimento.

Matheus Cardoso tem 26 anos, é engenheiro e empresário, pós graduado e mestre em empreendedorismo social, doutor em inovação social. Empreendedor do @Moradigna. Sócio consultor e palestrante de inovação na @FábricadeCriatividade. Reconhecido pela @Forbes como um dos jovens mais influentes do Brasil #30under30. Pai da Isabela.

Tamiris America tem 24 anos, é jornalista e co-autora do livro Vozes do Vagão – Quem São os Vendedores Ambulantes do Metrô e CPTM de São Paulo. Apaixonada pela escrita e pelo jornalismo literário atualmente faz parte do time de marketing da FC Nuvem.

 

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Pandemia e desigualdades: super-ricos recuperam perdas em tempo recorde, os mais pobres terão que esperar mais de uma década

As 1.000 pessoas mais ricas do mundo recuperaram todas as perdas que tiveram durante a pandemia de covid-19 em apenas nove meses (entre fevereiro e novembro de 2020), enquanto os mais pobres do planeta vão levar pelo menos 14 anos para conseguir repor as perdas devido ao impacto econômico da pandemia. É o que revela o relatório O Vírus da Desigualdade, a ser lançado pela Oxfam nesta segunda-feira (25/1) na abertura do Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, na Suíça.

Em fevereiro de 2020, os mais ricos tinham 100% de suas fortunas. Em março, essa riqueza caiu para 70,3%, voltando aos 100% em novembro. Para se ter uma ideia da velocidade dessa recuperação, os mais ricos do planeta levaram cinco anos para recuperarem o que perderam durante a crise financeira de 2008.

Em todo o mundo, os bilionários acumularam US$ 3,9 trilhões entre 18 de março e 31 de dezembro de 2020 – a riqueza total deles hoje é de US$ 11,95 trilhões, o equivalente ao que os governos do G20 gastaram para enfrentar a pandemia. Só os 10 maiores bilionários acumularam US$ 540 bilhões nesse período.

A pandemia da covid-19 tem o potencial de aumentar a desigualdade econômica em quase todos os países ao mesmo tempo, revela o relatório – algo que acontece pela primeira vez desde que as desigualdades começaram a ser medidas há mais de 100 anos. O vírus matou mais de dois milhões de pessoas pelo mundo e tirou emprego e renda de milhões de pessoas, empurrando-as para a pobreza. Enquanto isso, os mais ricos – indivíduos e empresas – estão prosperando como nunca. A crise provocada pela pandemia expôs nossa fragilidade coletiva e a incapacidade da nossa economia profundamente desigual trabalhar para todos.

No entanto, também nos mostrou a grande importância da ação governamental para proteger nossa saúde e meios de subsistência. Políticas transformadoras que pareciam impensáveis antes da crise, de repente se mostraram possíveis. Não pode haver retorno para onde estávamos antes da pandemia. Em vez disso, a sociedade, cidadãos e cidadãs, empresas, governos e instituições devem agir com base na urgência de criar um mundo mais igualitário e sustentável.

“A pandemia escancarou as desigualdades – no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. “Enquanto os super ricos lucram, os mais pobres perdem empregos e renda, ficando à mercê da miséria e da fome.”

O relatório O Vírus da Desigualdade detalha como o atual sistema econômico está permitindo que a elite dos super-ricos acumule riqueza em meio à pior recessão global desde a crise de 1929 (a Grande Depressão) enquanto bilhões de pessoas lutam para sobreviver.

A pandemia não impediu que os 10 homens mais ricos do mundo conseguissem acumular US$ 540 bilhões desde o seu início – o suficiente para pagar pela vacina contra a covid-19 para toda a população mundial, e garantir que nenhuma pessoa seja empurrada para a pobreza. Enquanto isso, a crise do coronavírus deu início à pior crise de empregos em mais de 90 anos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que cerca de meio bilhão de pessoas estão agora sub-empregadas ou sem emprego, enfrentando miséria e fome.

Quando o coronavírus chegou, mais da metade dos trabalhadores e trabalhadoras dos países de baixa renda viviam na pobreza, e 75% dos trabalhadores e trabalhadoras do mundo não tinham acesso a proteções sociais como auxílio-doença ou seguro-desemprego.

As mulheres são maioria nos empregos mais precários, justamente aqueles que foram, globalmente, mais impactados pela pandemia. Se elas tivessem o mesmo nível de representação que os homens nesses empregos, 112 milhões de mulheres não estariam mais sob o risco de perder sua renda ou empregos. É o caso, por exemplo, das áreas de saúde e assistência social que, além de serem mal remuneradas e desvalorizadas, também expõem mais as mulheres aos riscos de contaminação por covid-19.

Nos Estados Unidos, 22 mil pessoas negras e hispânicas ainda estariam vivas se tivessem a mesma taxa de mortalidade por covid-19 que as pessoas brancas. As taxas de contaminação e mortes por covid-19 são maiores em áreas mais pobres de países como França, Espanha e Índia. Na Inglaterra, essas taxas são o dobro nas regiões mais pobres em comparação com as mais ricas.

Um imposto temporário sobre os excessivos lucros obtidos pelas 32 corporações globais que mais lucraram durante a pandemia poderia arrecadar US$ 104 bilhões em 2020. Isso é o suficiente para providenciar auxílios desemprego para todos os trabalhadores e trabalhadoras afetados durante a pandemia e também para dar apoio financeiro para todas as crianças e idosos em países de renda baixa ou média.

“A desigualdade extrema não é inevitável, mas uma escolha política. Os governos pelo mundo precisam utilizar esse momento de grande sofrimento para construir economias mais justas, igualitárias e inclusivas, que protejam o planeta e acabem com a pobreza”, afirma Katia Maia. “O novo normal pós-pandemia não pode ser uma repetição de tantos erros do passado que nos legaram um mundo que beneficia poucos às custas de milhões”, diz Katia, lembrando que a recuperação econômica tem que incluir as pessoas em situação de vulnerabilidade. “Não pode haver recuperação econômica sem responsabilidade social.”

Notas para editores

Os cálculos da Oxfam são baseados nas fontes de dados mais atuais disponíveis. Os dados sobre os mais ricos do mundo vêm da lista de bilionários 2020 da Forbes. Como os dados sobre riqueza em 2020 eram muito voláteis, o Instituto de Pesquisa Credit Suisse atrasou para agosto de 2021 o lançamento de seu relatório anual sobre a riqueza no mundo. Isso significa que não pudemos comparar a riqueza dos bilionários com a da metade mais pobre do mundo, como fizemos em relatórios anteriores.

De acordo com a Forbes, as 10 pessoas mais ricas do mundo viram suas fortunas crescerem US$ 540 bilhões entre 18 de março de 2020 a 31 de dezembro de 2020. Os 10 mais ricos do mundo são: Jeff Bezos, Elon Musk, Bernard Arnault e família, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Larry Ellison, Warren Buffet, Zhong Shanshan, Larry Page e Mukesh Ambani.

O Banco Mundial simulou como um aumento na desigualdade em quase todos os países do mundo ao mesmo tempo impactaria na pobreza global.

https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/34496/9781464816024.pdf

Segundo os cálculos do Banco Mundial, se a desigualdade (medida pelo coeficiente de Gini) aumentar em dois pontos percentuais anualmente e o crescimento do PIB per capital global encolher 8%, mais 501 milhões de pessoas estarão vivendo com menos de US$ 5,5 por dia em 2030 (algo em torno de R$ 30), em comparação a um cenário em que não há aumento da desigualdade. Como resultado, os níveis de pobreza global seriam maiores em 2030 do que eram antes da pandemia começar, com 3,4 bilhões de pessoas vivendo com apenas US$ 5,5 (R$ 30) por dia. Esse é o pior cenário calculado pelo banco, mas as projeções sobre a retração econômica na maioria dos países em desenvolvimento do mundo estão alinhadas a esse cenário.

O pior cenário desenhado pelo FMI (https://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2020/09/30/world-economic-outlook-october-2020)  não vê o PIB global retornando aos níveis pré-pandemia antes do fim de 2022. A OCDE alertou que isso provocará um aumento de longo prazo na desigualdade global a menos que ações decisivas sejam tomadas. https://www.oecd.org/economic-outlook/

O cálculo da Oxfam de que 112 milhões de mulheres a menos estariam sob o risco de perder seus empregos e rendas se homens e mulheres fossem igualmente representados nas profissões mais precárias e mal remuneradas – as que foram mais impactadas pela covid-19 – é baseado em relatório da OIT publicado em julho de 2020.

https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—ed_emp/documents/publication/wcms_751785.pdf

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Os três maiores supermercados brasileiros não cumprem requisitos básicos de responsabilidade corporativa em suas cadeias de fornecimento

Os três maiores supermercados brasileiros – Carrefour, Pão de Açúcar e BIG – estão longe das melhores práticas de responsabilidade corporativa, sustentabilidade e cumprimento de compromissos com os direitos humanos em suas cadeias produtivas. É o que revela o novo relatório da Oxfam Brasil “Por Trás das Suas Compras – uma análise da responsabilidade corporativa com o respeito aos direitos humanos nas cadeias produtivas dos maiores supermercados brasileiros”, lançado na quarta-feira (13/01).

O relatório analisou as informações públicas dos três maiores supermercados brasileiros sobre suas políticas e práticas entre julho e setembro de 2020 em quatro temas relacionados ao início de suas cadeias de produção, o campo, onde se planta e colhe os alimentos:

Os resultados foram tabelados em um sistema de pontuação (‘scorecard’) e mostram que os maiores varejistas brasileiros, que controlam juntos 46,6% do setor no país, ainda têm um longo caminho pela frente quando o assunto é boas práticas em termos de responsabilidade com os direitos humanos em suas cadeias de fornecimento.

Carrefour, Pão de Açúcar e Big pontuaram muito mal nos quatro temas propostos e, quando comparados a outros grandes supermercados da Europa (Reino Unido, Holanda e Alemanha) e Estados Unidos, ficaram ainda mais atrás.

Juntos, Carrefour, Big e Pão de Açúcar alcançaram média de 4% numa escala em que uma empresa totalmente responsável com direitos humanos nas cadeias de fornecimento ganharia 100%. O supermercado brasileiro com o melhor desempenho, comparativamente entre os três, foi o Pão de Açúcar, com 6,5%, seguido pelo Carrefour com 2,7% e pelo Grupo Big com 2,2%. Quando colocados frente aos maiores supermercados europeus e americanos, em uma lista de 19 empresas (incluindo as três brasileiras),o Grupo Pão de Açúcar fica empatado em décimo quarto com o Albertsons dos Estados Unidos, Carrefour e Grupo Big ficam na lanterna.

“A comparação dos maiores supermercados brasileiros com seus pares no mundo mostra que eles precisam fazer mais. Ainda estão muito distantes das melhores práticas sobre responsabilidade com direitos humanos nas cadeias de fornecimento”, afirma Gustavo Ferroni, coordenador da área de Setor Privado, Desigualdades e Direitos Humanos da Oxfam Brasil. “A boa notícia é que os três maiores supermercados brasileiros têm os recursos, além de capacidades e condições para estar entre os mais avançados. Só falta a decisão empresarial de fazer.”, considera.

Recomendações

Uma melhora nos compromissos e práticas divulgadas publicamente pode contribuir para reduzir os problemas associados às cadeias produtivas de alimentos no Brasil, como trabalho precário, desrespeito às mulheres, baixos salários e exposição a produtos tóxicos que causam sérios problemas à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras.

“As instituições líderes em determinado setor econômico – como esses três supermercados no Brasil – podem estabelecer as tendências do que deve ser o padrão de excelência em termos de compromissos e práticas, e assim influenciar de maneira positiva o futuro do setor”, acrescenta Gustavo Ferroni, ao frisar que o objetivo do relatório “Por Trás das Suas Compras” é estimular uma “corrida para o topo”.

“Os grandes supermercados têm um papel-chave nas cadeias de alimentos e, em especial, nas cadeias de fornecimento de alimentos frescos. Por isso, recomendamos ao Carrefour Brasil, Grupo Big e Grupo Pão de Açúcar que utilizem o scorecard de avaliação da Oxfam Brasil para avançar em seus compromissos e práticas com relação aos direitos humanos nas cadeias de fornecimento, nos temas de transparência, trabalhadores rurais, pequenos produtores e agricultores familiares e direito das mulheres”, afirma.

A Oxfam Brasil vem desde 2018 cobrando dos grandes supermercados um posicionamento em relação aos direitos humanos em suas cadeias de fornecimento. Mais de 75 mil pessoas já assinaram uma petição online exigindo que os supermercados façam a sua parte para dar uma vida mais digna a quem planta e colhe nossos alimentos.

A petição está neste link: https://www.oxfam.org.br/supermercados/

Metodologia do relatório

O informe “Por Trás das Suas Compras” foi elaborado com base em análises das políticas corporativas, declarações e compromissos disponíveis publicamente nos sites dos três maiores supermercados no Brasil (Carrefour, Pão de Açúcar e Big) em relação aos quatro temas propostos – transparência e accountability, trabalhadoras e trabalhadores rurais, pequenos agricultores e direitos das mulheres no campo. A análise foi realizada durante os meses de julho, agosto e setembro de 2020.

Para elaborar a análise, a Oxfam Brasil usou um sistema de indicadores e pontuação (‘scorecard’), desenvolvido pela própria organização, que considera os princípios orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos; as iniciativas Corporate Human Rights Benchmark e KnowTheChain, do Centro de Informações sobre Empresas e Direitos Humanos; as Diretrizes da OCDE-FAO sobre Cadeias Responsáveis de Fornecimento Agrícola; o Marco para Devida Diligência em Direitos Humanos da Ethical Trading Initiative; as Diretrizes em Devida Diligência para Conduta Empresarial Responsável da OCDE; e os Padrões para Relatórios de Sustentabilidade da GRI.  

A ferramenta do scorecard foi desenvolvida entre 2017 e 2018, quando se realizaram consultas com empresas, ONGs, organizações internacionais e especialistas para sua elaboração.Este scorecard faz parte da campanha global da Oxfam chamada Por Trás do Preço com enfoque em supermercados.

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Quem Paga a Conta

Bilionários da América Latina e do Caribe aumentaram fortuna em US$ 48,2 bilhões durante a pandemia, enquanto maioria da população perdeu emprego e renda. Esse é o alerta que faz o novo relatório Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid na América Latina e Caribe.

Relatório Quem Paga a Conta
Fome no mundoMais Tarde Será Tarde Demais

A pandemia de coronavírus piorou a situação em diversos países pelo mundo, deixando mais de 55 milhões de pessoas à beira da fome. Novo documento da Oxfam mostra que os países ricos estão ignorando apelo humanitário da ONU para salvar essas vidas.

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Poder, lucros e pandemia

Às vésperas do marco de seis meses de uma das maiores crises sanitárias do mundo, a Oxfam lança o relatório Poder, Lucros e Pandemia destacando como o atual modelo econômico tem priorizado o lucro dos mais ricos sobre a vida dos mais pobres.

Relatório Poder, Lucros e Pandemia

Renda Básica e covid-19O Vírus da Fome

Até 12 mil pessoas podem morrer por fome diariamente, até o final de 2020, devido às consequências da pandemia de covid-19 – mais do que pela doença em si –, alerta a Oxfam no informe “O Vírus da Fome: como o coronavírus está potencializando a fome em um mundo faminto”.


O documento revela como 122 milhões de pessoas podem ser levadas à beira da fome este ano como resultado dos impactos sociais e econômicos causados pela pandemia de coronavírus.

Relatório O Vírus da Fome
Excelente guia para filantroposTempo de Cuidar: o trabalho de cuidado não remunerado e mal pago e a crise global da desigualdade

A desigualdade econômica está fora de controle. Em 2019, os bilionários do mundo, que somam apenas 2.153 indivíduos, detinham mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas.

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Desigualdade e Jovens Mulheres Negras

Fruto do projeto Hub das Pretas, a publicação reúne artigos sobre vivências e a luta antirracista e antissexista no campo das organizações da sociedade civil. 

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Frutas doces, vidas amargas

Os grandes supermercados do mundo estão lucrando bilhões ano após ano a um custo muito alto: péssimas condições de trabalho, pobreza e sofrimento para milhões de homens e mulheres trabalhadoras e agricultores em diversas partes do planeta.

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