As desigualdades brasileiras atingiram níveis extremos, apesar de o país ser uma das maiores economias do mundo. Somos um dos países mais desiguais e os setores mais vulneráveis de nossa sociedade são sempre os mais afetados por crises econômicas. Para construirmos um país com mais justiça e menos desigualdades, será preciso enfrentar as causas de questões estruturais como o racismo, o machismo e sexismo, a desigualdade econômica e as precárias condições de trabalho de homens e mulheres do campo.
No Brasil, atuamos em três áreas temáticas:
Justiça Rural e Desenvolvimento
das mulheres negras brasileiras estão abaixo da linha da pobreza, contra 21,3% das mulheres brancas.
é o número de defensores e defensoras de direitos humanos quesão assassinados no país todos os meses. Indígenas e negros são os grupos em maior vulnerabilidade.
é o tempo que levaremos para alcançar a paridade de gênero nas prefeituras brasileiras.
é o tamanho da maior fazenda brasileira de que se tem notícias, uma área equivalente à da cidade de São Paulo.
da população brasileira fica com e equivalente a metade do crescimento econômico do país.
dos brasileirostêm renda inferior a 3 salários-mínimos. E 70% ganham até dois salários-mínimos por mês.
Ações contra as desigualdades
O QUE FAZER?
É fundamental mudarmos os mecanismos pelos quais as desigualdades extremas operam, oferecendo igualdade de oportunidades e garantindo equidade de resultados.
A Oxfam Brasil acredita que há muito o que se fazer para a redução das desigualdades no país, sejam elas econômicas, de patrimônio, raça ou gênero. Listamos aqui algumas das ações que consideramos mais urgentes e importantes que podemos – e devemos – tomar para mudar essa situação.
Uma tributação mais justa
Defendemos a redistribuição da carga tributária brasileira: diminuindo os impostos indiretos (sobre produtos e serviços) que recaem principalmente sobre os mais pobres e a classe média e aumentando os impostos diretos relacionados aos super-ricos; combatendo os mecanismos de elisão e evasão fiscal (impostos não pagos legal e ilegalmente); reduzindo as renúncias fiscais que viraram regra nos últimos anos.
Gastos sociais de qualidade e com recursos garantidos
Esses gastos devem estar associados a medidas que assegurem transparência, participação social e maior eficiência. É necessário garantir recursos públicos adequados para políticas sociais; expansão dos gastos em educação, saúde, assistência social, saneamento, habitação e transporte público.
Educando para avançar
A educação é um dos pilares da mobilidade social e do desenvolvimento de um país. É preciso melhorar a oferta e a qualidade educativa; priorizar soluções para evasão escolar – sobretudo de jovens negros; aumentar o alcance do ensino superior para jovens de baixa renda e negros.
Emprego decente e aumento real do salário mínimo
Reduzir desemprego, informalidade no mercado de trabalho e garantir salários descentes são passos imprescindíveis e tiveram impactos relevantes no combate às desigualdades no Brasil nos últimos anos.
Enfrentando a discriminação e o racismo
Políticas afirmativas são importantes para reduzir a discriminação racial e de gênero. É preciso combater a violência e o racismo institucional.
Desprivatizando a nossa democracia
É preciso avançar em mecanismos de prestação de contas e transparência, incluindo a efetiva regulação do lobby e o fortalecimento da participação da sociedade civil, combater a corrupção em todos os níveis e promover mudanças no sistema político atual.