Durante a Conferência de Financiamento para o Desenvolvimento (FFD4), a Oxfam e lideranças governamentais, incluindo o ministro brasileiro Wellington Dias, apresentaram propostas concretas para reduzir as desigualdades O evento reuniu três painéis: autoridades do Brasil, Espanha e África do Sul discutiram políticas fiscais; especialistas de ICRICT, UNRISD, OIT e Oxfam abordaram justiça tributária global; e o ministro Wellington Dias liderou debates sobre implementação de acordos internacionais.
Alexandra Haas, da Oxfam International, alertou para o cenário de desigualdade extrema global, em que apenas 3.000 bilionários poderiam cobrir o déficit de financiamento dos ODS com sua riqueza. Ela também criticou a narrativa distorcida que enxerga a redistribuição como um custo, enquanto privilegia interesses corporativos. Segundo ela, a economia está vazando para cima, e é urgente adotar modelos que coloquem as pessoas no centro, e não os lucros de acionistas.
Tatiana Rosito, do Ministério da Fazenda, destacou o contraste entre o potencial econômico do Brasil e seus altos índices de desigualdade. Ela apresentou a estratégia brasileira de reforma tributária, com foco em tornar o sistema mais progressivo, incluindo a taxação de grandes fortunas – uma prioridade do país no G20. Rosito reforçou que combater a desigualdade requer políticas fiscais justas aliadas a investimentos em proteção social e ações climáticas.
O ministro Wellington Dias encerrou o evento reafirmando o compromisso do Brasil em liderar as transformações necessárias, reafirmou o compromisso do Brasil com a proteção social e a reforma tributária para combater a fome e a pobreza. Com veemência, o ministro destacou que os números alarmantes da fome – que atinge 700 milhões de pessoas no mundo – deveriam ser motivo de indignação coletiva. Criticou a concentração de riqueza e defendeu integrar políticas sociais a estratégias econômicas. Ele encerrou com um apelo: “A fome não pode esperar, e 2030 está logo ali.”
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