Na última semana, a Oxfam Brasil lançou o mini-documentário “Tem Floresta em Pé, Tem Mulher” durante o Festival Abong, em São Paulo. A exibição reuniu representantes da sociedade civil participantes do evento para destacar o papel essencial de mulheres defensoras de direitos e lideranças de comunidades tradicionais, como quilombolas, extrativistas e ribeirinhas, na preservação da Amazônia.
O documentário reforçou a importância do trabalho dessas mulheres na preservação da Amazônia, mostrando como suas lutas territoriais estão diretamente ligadas à justiça ambiental. Com narrativas pessoais e dados sobre desmatamento e resistência, “Tem Floresta em Pé, Tem Mulher” visa ampliar a visibilidade das vozes que, mesmo na linha de frente da proteção ambiental, muitas vezes são marginalizadas nos espaços de decisão.
Junto com o lançamento, tivemos participação de Bárbara Barboza, coordenadora de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil, integrando a mesa “O impacto socioambiental dos grandes empreendimentos e das mudanças climáticas nos territórios: as organizações da sociedade civil e a COP30”. Em sua fala, Barbara destacou como a crise climática e as estruturas de desigualdade se potencializam, afetando especialmente as mulheres negras, as juventudes, moradores e moradoras de periferias urbanas e comunidades tradicionais.
“O racismo ambiental é uma questão central, pois vemos que os defensores tradicionais do clima são majoritariamente homens brancos, enquanto as verdadeiras defensoras ficam à margem dos debates. Trabalhamos para fortalecer medidas que garantam sua proteção e permanência nesses espaços, pois sua ausência enfraquece a luta”, afirmou.
O debate buscou ainda mobilizar a sociedade civil para pressionar por políticas públicas mais inclusivas, principalmente diante da COP30, que será realizada em Belém em 2025.
“Em ano de COP, é triste saber que essas lideranças não estarão nas mesas de negociação. Nosso papel é amplificar suas vozes e fortalecer suas lutas. Muito obrigada”, finalizou.





